quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeiras malhas na Lanofix Super Automática

Esta máquina não veio com manual, achamos um (de um outro modelo) gentilmente cedido por Angela Maria, no seu blog. Como ainda estamos sem o Guia-fio para a distribuição automática, vamos usar o sistema de distribuição manual do fio. No final do post, a posição dos botões do carro, para esse trabalho com distribuição MANUAL do fio. Se fosse com distribuição automática, o carro teria outra regulagem.
1 - Colocar na posição "C" o número de agulhas necessárias ao trabalho. 


 2 - Com uma escovinha abrir as linguetas das agulhas.


 3 - Prender a ponta do fio na rodinha lateral esquerda.


 4 - Com o fio dá-se uma laçada em cada agulha, tendo o cuidado de que essas laçadas prendam também os ganchos das platinas, isto é, o fio depois de laçar a agulha, deve passar por baixo do gancho da platina seguinte, para depois laçar a próxima agulha.


 5 - As laçadas não deverão ser apertadas, evitando-se assim dificuldade ao passar o carro para fazer a primeira carreira. Verificar se as laçadas estão dentro do gancho de cada agulha.


 6 - Em seguida prender o fio no gancho da platina, ao lado da última agulha em trabalho da direita e estenda o mesmo sobre as agulhas em trabalho. Segurar o fio com a mão esquerda, ligeiramente esticado e inclinado para baixo, e com a mão direita deslocar o carro para a esquerda até ultrapassar as agulhas em trabalho. Assim foi feita a primeira carreira.


 7 - Para fazer a segunda é suficiente estender o fio sôbre as agulhas, agora da esquerda para a direita, sempre com a mão esquerda, prendendo-o no gancho da platina ao lado da primeira agulha em trabalho, passando depois o carro.


 8- Não se deve esquecer que, em cada carreira, antes de estender o fio sôbre as agulhas, deve-se prendê-lo no gancho da platina ao lado das agulhas em trabalho. Se o fio não ficar preso, provocará: perda de pontos laterais, pontos incompletos, borda irregular, etc. Para se obter uma uniformidade do tecido, é indispensável que o fio seja seguro, (enquanto se fizer a carreira), sempre com a mesma pressão. O cone com o fio estava colocado no chão, porque aqui, não se está usando o tensor nem o bico de distribuição automática.


 POSIÇÃO DOS BOTÕES DO CARRO para distribuição manual do fio:
Botão M.F.A. - Posição "M" (totalmente à esqueda)


 Botão CENTRAL - Levantado


 Botão P.I. - Deslocado totalmente para esquerda, fora do ponto.


 Botão para REGULAGEM DO PONTO - usei nº 5, para uma lã de 3 fios.


 9 - Não encontrei nenhuma referência ao uso de pesos nesse manual. Os que aí estão, usei por minha conta.


 10 - Começo de um trabalho de intársia.


O manual não faz nenhuma referência ao uso de pesos. Não sei se pode prejudicar o desempenho do carro.


 Depois de mais algumas carreiras, o trabalho foi retirado da máquina com arremate, feito como nos outros modelos de máquina. Tinha a impressão de que as peças plásticas (platinas) iriam interferir, atrapalhando o uso do transferidor de pontos, mas não, quase não há diferença.


 Elvis- design de Vic Waghorn & Ernie Hornby, para intarsia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Partes da máquina


  
A barra de feltro parece estar em bom estado.

Estas são as platinas com suas molas, vistas na parte de baixo da máquina.  Fundamental estarem em ordem, para que a máquina não apresente defeitos.

A Lanofix Tricomatic ficou ultrapassada. Era  "pesada" para trabalhar e muitas delas foram descartadas por já não haver peças de reposição para voltarem à funcionar. É uma peça interessante para quem gosta de colecionar máquinas antigas, desde que teça.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Lanofix Super Automática

Esta é uma máquina bem antiga, dos anos 50, o primeiro modelo lançado pela Lanofix. A caixa metálica estava desgastada, com arranhões e ferrugem pois deve ter estado jogada em algum lugar por muitos anos e o tempo se encarregou dos estragos.

Nossa intenção não é restaurar ou deixa-la bonita. Queremos apenas que retome sua função, que possa trabalhar e nos mostrar suas possibilidades.
Os acessórios estavam embrulhados em jornais e no momento da compra nem abrimos para ver o que restara. Afinal, não sabíamos ao certo o que deveria acompanhar a máquina, já que não conhecíamos o modelo. O fato de estarem assim protegidos significava que algum cuidado foi tomado, do lado de dentro do estojo ela estava bem mais bonita. O importante é que nenhuma das platinas ou agulhas tinha defeito. Aparentemente, não havia nada quebrado. Nos próximos posts, mostraremos as platinas bem de perto para explicar melhor que função elas têm. Se uma delas estivesse quebrada não conseguiríamos colocar as malhas, para começar a tecer.
Estes são os acessórios que vieram com ela. Não temos um manual desse modelo, aos poucos vamos ter que descobrir o que funciona e o que está precisando reparos. Quanto às peças que faltam, vamos tentar encontrar para comprar, ainda há técnicos que dão manutenção em máquinas de tricô em várias cidades. Pode ser que, para um modelo tão antigo, encontremos algumas dificuldades. O que importa é que ela vai ter utilidade novamente e o que formos aprendendo com ela, vamos colocando aqui no Blog. Quem sabe alguém tenha uma dessas em casa, abandonada, perfeitinha e se anime em faze-la funcionar também?  Aliás, tem a Dona Olga, aqui de São Paulo, que disse ter uma dessas e já não se lembra mais de como colocar as laçadas nas agulhas, mas afirma que é sua preferida e que já fez muitos trabalhos bonitos com ela.