Mostrando postagens com marcador confeccionar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador confeccionar. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vestido em linha feito na Elgin Brother Modelo 800

A idéia era tecer um vestidinho que pudesse servir como saída de praia. Para o tamanho P usei pouca quantidade de 1 fio de Malibú - 83 Tex (Nm 12) 0701 Ninive 100% acrílico junto com 1 fio 100% algodão da Fiação São Bento (16/2 F-C 36,91x2). Tecido só na máquina (sem o uso da frontura) - Coloquei 150 ptos.

Instruções do manual para tecer na Elgin 800:
1 - Coloque o carro à direita e regule o disco de tensão para 5.
2 - Pendure o pente de montagem nos ganchos das agulhas de topo. Traga para a posição "E" todas as agulhas necessárias (150).
3 - Prenda a extremidade do fio (enfiado apenas no dispositivo automático de tensão do fio) no final da agulha, à esquerda, fazendo um nó corrediço.
4 - Dê laçadas em volta de cada agulha, da esquerda para a direita, em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio. As laçadas devem ser empurradas para trás nas hastes das agulhas. Para controlar estas laçadas, à medida que voce for enrolando-as, segure a última, embaixo com o dedo, antes de fazer uma outra (foto). Não faça as laçadas muito apertadas.
5 - Enfie a lã no alimentador e puxe o fio (que vem do novelo) para baixo, a fim de recuperar alguma parte solta.
6 - Mova suavemente o carro, à esquerda, para tricotar a primeira carreira.
7 - Abaixe o pente sobre os pontos e certifique-se de que a linha vá sobre os ganchos do pente que não estejam nas agulhas apropriadas em trabalho. Deixe o pente suspenso até terem sido completadas cerca de 10 carreiras.
Para a barra do vestido, tecí 26 carr e dobrei formando a bainha. Zerei o contador de carreiras e tecí + 244 carr em jersey. (ponto liso ou meia).


 Zerei o contador de carreiras e preparei a máquina para tecer o rendado, seguindo as instruções do manual para o uso do centro de desenhos (que aceita qualquer papel para se fazer os furinhos do desenho, não precisa ser a cartelinha aí da foto. Ela já vem com uma "canetinha", com a qual a gente faz os furos depois de colocar o papel no centro de desenhos - as agulhas são selecionadas com o uso da alavanca).
Uma vez colocado o cartão perfurado e o cartão de manejo no centro de desenhos, o desenho escolhido poderá ser executado. Para o tricô rendado os trilhos auxiliares devem estar colocados nas laterais da máquina, pois será usado o carro verão (carro "L"). Foram + 58 carreiras em ponto rendado, não fiz diminuições para decote, ficou um retângulo, frente e costas iguais. Para retirar a peça da máquina eu usei o fio "de sobra", poderia tambem ter arrematado. Fiz 2 partes dessas (frente e costas).

.
 Para as mangas, coloquei 80 pontos na máquina, tecí 26 carreiras em ponto liso e dobrei ao meio para a barra da manga. Zerei o contador de carreiras,  teci em rendado fazendo os aumentos, dos dois lados ao mesmo tempo, aumentando 1 pt - à cada 9 carr  - por 20 vezes - total de 184 carreiras. Ao final, tinha na máquina 120 pts. Retirei em "fio de sobra", poderia ter arrematado.



 Com as 4 partes do vestido já tecidas, costurei um lado dos ombros (reservei 43 pontos de cada lado das peças (frente e costas) para o ombro. Vão ficar 34 ptos da frente + 34 ptos das costas para um total de 68 ptos para o decote.



Coloquei na máquina  68 ptos para fazer o acabamento do decote. Teci 20 carreiras em ponto liso e dobrei ao meio. Passei 1 carreira para fechar e arrematei.


 A barrinha para o decote ficou +ou- assim, no lado avesso.


 Costurei as laterais do vestido.


Peso total da peça: 277 gramas. O vapor do ferro de passar roupas vai deixar as barras em ordem.


A cor é discreta e o fio macio, uma peça bem leve para ser usada no verão.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeiras malhas na Lanofix Super Automática

Esta máquina não veio com manual, achamos um (de um outro modelo) gentilmente cedido por Angela Maria, no seu blog. Como ainda estamos sem o Guia-fio para a distribuição automática, vamos usar o sistema de distribuição manual do fio. No final do post, a posição dos botões do carro, para esse trabalho com distribuição MANUAL do fio. Se fosse com distribuição automática, o carro teria outra regulagem.
1 - Colocar na posição "C" o número de agulhas necessárias ao trabalho. 


 2 - Com uma escovinha abrir as linguetas das agulhas.


 3 - Prender a ponta do fio na rodinha lateral esquerda.


 4 - Com o fio dá-se uma laçada em cada agulha, tendo o cuidado de que essas laçadas prendam também os ganchos das platinas, isto é, o fio depois de laçar a agulha, deve passar por baixo do gancho da platina seguinte, para depois laçar a próxima agulha.


 5 - As laçadas não deverão ser apertadas, evitando-se assim dificuldade ao passar o carro para fazer a primeira carreira. Verificar se as laçadas estão dentro do gancho de cada agulha.


 6 - Em seguida prender o fio no gancho da platina, ao lado da última agulha em trabalho da direita e estenda o mesmo sobre as agulhas em trabalho. Segurar o fio com a mão esquerda, ligeiramente esticado e inclinado para baixo, e com a mão direita deslocar o carro para a esquerda até ultrapassar as agulhas em trabalho. Assim foi feita a primeira carreira.


 7 - Para fazer a segunda é suficiente estender o fio sôbre as agulhas, agora da esquerda para a direita, sempre com a mão esquerda, prendendo-o no gancho da platina ao lado da primeira agulha em trabalho, passando depois o carro.


 8- Não se deve esquecer que, em cada carreira, antes de estender o fio sôbre as agulhas, deve-se prendê-lo no gancho da platina ao lado das agulhas em trabalho. Se o fio não ficar preso, provocará: perda de pontos laterais, pontos incompletos, borda irregular, etc. Para se obter uma uniformidade do tecido, é indispensável que o fio seja seguro, (enquanto se fizer a carreira), sempre com a mesma pressão. O cone com o fio estava colocado no chão, porque aqui, não se está usando o tensor nem o bico de distribuição automática.


 POSIÇÃO DOS BOTÕES DO CARRO para distribuição manual do fio:
Botão M.F.A. - Posição "M" (totalmente à esqueda)


 Botão CENTRAL - Levantado


 Botão P.I. - Deslocado totalmente para esquerda, fora do ponto.


 Botão para REGULAGEM DO PONTO - usei nº 5, para uma lã de 3 fios.


 9 - Não encontrei nenhuma referência ao uso de pesos nesse manual. Os que aí estão, usei por minha conta.


 10 - Começo de um trabalho de intársia.


O manual não faz nenhuma referência ao uso de pesos. Não sei se pode prejudicar o desempenho do carro.


 Depois de mais algumas carreiras, o trabalho foi retirado da máquina com arremate, feito como nos outros modelos de máquina. Tinha a impressão de que as peças plásticas (platinas) iriam interferir, atrapalhando o uso do transferidor de pontos, mas não, quase não há diferença.


 Elvis- design de Vic Waghorn & Ernie Hornby, para intarsia.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Lanofix Super Automática

Esta é uma máquina bem antiga, dos anos 50, o primeiro modelo lançado pela Lanofix. A caixa metálica estava desgastada, com arranhões e ferrugem pois deve ter estado jogada em algum lugar por muitos anos e o tempo se encarregou dos estragos.

Nossa intenção não é restaurar ou deixa-la bonita. Queremos apenas que retome sua função, que possa trabalhar e nos mostrar suas possibilidades.
Os acessórios estavam embrulhados em jornais e no momento da compra nem abrimos para ver o que restara. Afinal, não sabíamos ao certo o que deveria acompanhar a máquina, já que não conhecíamos o modelo. O fato de estarem assim protegidos significava que algum cuidado foi tomado, do lado de dentro do estojo ela estava bem mais bonita. O importante é que nenhuma das platinas ou agulhas tinha defeito. Aparentemente, não havia nada quebrado. Nos próximos posts, mostraremos as platinas bem de perto para explicar melhor que função elas têm. Se uma delas estivesse quebrada não conseguiríamos colocar as malhas, para começar a tecer.
Estes são os acessórios que vieram com ela. Não temos um manual desse modelo, aos poucos vamos ter que descobrir o que funciona e o que está precisando reparos. Quanto às peças que faltam, vamos tentar encontrar para comprar, ainda há técnicos que dão manutenção em máquinas de tricô em várias cidades. Pode ser que, para um modelo tão antigo, encontremos algumas dificuldades. O que importa é que ela vai ter utilidade novamente e o que formos aprendendo com ela, vamos colocando aqui no Blog. Quem sabe alguém tenha uma dessas em casa, abandonada, perfeitinha e se anime em faze-la funcionar também?  Aliás, tem a Dona Olga, aqui de São Paulo, que disse ter uma dessas e já não se lembra mais de como colocar as laçadas nas agulhas, mas afirma que é sua preferida e que já fez muitos trabalhos bonitos com ela.